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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Agência Brasil - Ipea: crise diminui postos de trabalho no interior - Direito Tributário

 
29 de Abril de 2009 - 15h10 - Última modificação em 29 de Abril de 2009 - 15h47


Ipea: crise diminui postos de trabalho no interior

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - Depois de atingir as capitais e as regiões metropolitanas, a crise econômica passou a diminuir o número de postos de trabalho também no interior do país. Mas a situação parece começar a se reverter a partir de fevereiro e, em março, 40.179 novos postos de trabalho foram criados em todas as regiões do país.

A constatação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está no estudo Crise Internacional: Impactos sobre o Emprego no Brasil e o Debate para a Constituição de uma Nova Ordem Global, divulgado hoje (29) pelo órgão.

“Os interiores das regiões Sul e Sudeste foram os primeiros a serem atingidos pela crise porque é lá que estão concentrados os parques industriais, a agricultura e o setor extrativista voltados à exportação. São Paulo e Minas Gerais foram os estados mais afetados e, depois, a coisa acabou se espalhando para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que passaram a sentir seus reflexos de forma mais intensa”, informou o diretor de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão.

O período entre novembro de 2008 e março de 2009 teve saldo negativo tanto para as regiões metropolitanas – com uma perda de 654 mil postos – como para as não-metropolitanas, que perderam 134 mil. Números que, segundo o Ipea, representam o recorde negativo dos últimos dez anos, deixando claro que a crise já está afetando o número de postos de trabalho no interior do Brasil.

“Até outubro de 2008 houve acelerada criação de empregos com carteira assinada. O saldo acumulado de admissões e demissões de janeiro a outubro de 2008 foi de cerca de 2,1 milhões de postos. Um recorde, se comparado aos nove anos anteriores”, afirma Abrahão.

“Mas de novembro em diante a situação mudou e os saldos passaram a ficar substancialmente inferiores aos dos períodos precedentes. Até janeiro, houve destruição líquida dos postos de trabalho, algo que só costumava acontecer no mês de dezembro por razões sazonais”, completou.

Em fevereiro, a situação começou a se reverter e é possível observar uma pequena variação positiva, que ficou mais acentuada em março, quando o saldo positivo foi de 40.179 postos.

O Ipea considerou dois períodos para a análise: o primeiro foi entre outubro de 2007 e março de 2008 e o segundo, de outubro de 2008 a março de 2009. O setor que está em pior situação é a agricultura. “Ele já havia registrado uma queda do número de postos no primeiro período, que foi de -9,2%. Um ano depois essa queda ficou em -16,2%”, explica o diretor.

A maior diferença registrada entre esses dois períodos está nos setores de materiais de transporte (que estava positiva em 4,4% no primeiro período e negativa em -10,3% no segundo), comunicações (que, de 4,8% positivos, caiu para -9,3%), indústria mecânica (6,4% e -7,7%, respectivamente), metalurgia (de 4,8% para -8,0%) e calçados, que tinha saldo positivo de 0,8% no primeiro período e passou para um saldo negativo de -10,4% no segundo.

Também relevante foi a queda do setor de construção civil, que estava positiva em 6,4% (103.269 vagas a mais) no primeiro período e caiu para -3,9% (perda de 72.725 vagas) no segundo.

A pesquisa identificou também os setores que conseguiram se manter mais preservados em meio à crise. “Os voltados ao consumo e à prestação de serviços às famílias, como os ligados às áreas de ensino, medicina, odontologia e veterinária, continuam gerando postos de trabalho, ainda que com menor força”, explicou Abrahão.




 


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