29 de Abril de 2009 - 17h13 - Última modificação em 29 de Abril de 2009 - 17h13
Indústria química pede ao governo que adote medidas para reduzir o preço do gás
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo poderá realizar em 2009 leilões sucessivos para a venda de gás, em uma tentativa de baixar o preço do produto para as indústrias. O assunto foi discutido hoje (29) em uma reunião no Ministério de Minas e Energia com a presença do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e representantes da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
O senador Aloísio Mercadante, que participou da reunião, disse que a idéia é leiloar o excedente de gás da Petrobras, que chega a 10 milhões de metros cúbicos por dia. “O leilão é a solução para reduzir o preço neste momento, dada a situação internacional. Isso resolve este momento mais crítico e permite à indústria voltar a produzir, que é o que nos interessa”, disse.
Ainda não há data nem uma periodicidade definida para a realização dos leilões, mas, segundo Mercadante, até o fim do ano o problema do preço do gás para as indústrias deverá ser resolvido. Ele explicou que, por não ser uma commoditie internacional, o preço do gás oscila muito, o que prejudica as indústrias que o utilizam como matéria prima.
As indústrias também querem, de acordo com Mercadante, uma fórmula de longo prazo para calcular o preço do gás. Mas, segundo ele, o assunto ainda deverá ser debatido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e precisa da aprovação do Congresso Nacional. “Até lá ainda temos muito chão pela frente, primeiro o assunto tem que ser discutido tecnicamente”, disse.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a Petrobras está estudando a proposta das indústrias para ver se há viabilidade técnica. Gabrielli não quis se manifestar sobre o assunto.
Lobão participa na tarde de hoje (29) de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater o sistema energético brasileiro, especialmente o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ele disse que os estudos sobre o novo marco regulatório do petróleo já estão concluídos no Ministério, mas ainda não foram apresentados ao presidente Lula e à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Lobão informou que já pediu à ministra que marque uma reunião da comissão interministerial que está discutindo o assunto, mas isso ainda não foi possível por causa de incompatibilidade de agendas. “Como não há tanta pressa, estamos constantemente recebendo sugestões, e algumas estão sendo incluídas no trabalho do Ministério”, afirmou.
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