28 de Julho de 2009 - 13h35 - Última modificação em 28 de Julho de 2009 - 13h35
Arthur Virgílio defende que PSDB apresente quatro representações contra Sarney
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), defende que o partido encaminhe ao Conselho de Ética quatro representações, ao invés de uma, contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Em nota, o parlamentar argumenta que quatro representações evitaria que o presidente do conselho, Paulo Duque (PMDB-RJ), considerado aliado de Sarney, arquivasse “numa só canetada” a possibilidade de investigação do presidente por quebra de decoro parlamentar.
O senador tucano acrescentou que caso o Democratas (DEM) não recorra também ao Colegiado, caberá ao partido relatar uma das quatro representações do PSDB.
A representação ou representações será apresentada no fim da tarde de hoje (28) ao Conselho de Ética, de acordo com o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE). Mais cedo, o parlamentar disse à Agência Brasil que “quem arquiva uma [representação] arquiva quatro”. A assessoria jurídica do PSDB ainda avalia esta questão.
A primeira denúncia apresentada por Virgílio pede a investigação de José Sarney por suposta responsabilidade indireta no escândalo dos atos secretos do Senado por Sarney. Segundo o líder, Sarney foi o responsável pela indicação de Agaciel Maia, investigado por uma série de irregularidades administrativas enquanto ocupou a Diretoria-Geral do Senado.
Outra denúncia, que será assumida agora pelo PSDB, acusa o presidente do Senado de envolvimento direto no desvio de recursos de patrocínio da Petrobras, liberados para a Fundação José Sarney.
O último pedido de investigação ao Conselho de Ética, encaminhado por Arthur Virgílio, responsabiliza José Sarney diretamente na elaboração e assinatura de atos secretos. O parlamentar toma como base a divulgação das gravações telefônicas – feitas com autorização judicial pela Polícia Federal – em que aparece Sarney numa conversa com o filho, o empresário Fernando Sarney, tratando de um emprego para o namorado de uma das netas do presidente.
Edição: Talita Cavalcante
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