28 de Julho de 2009 - 12h38 - Última modificação em 28 de Julho de 2009 - 15h45
PSDB encaminha à tarde representação contra Sarney ao Conselho de Ética
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PSDB encaminha no fim da tarde de hoje (28) a representação ao Conselho de Ética do Ética para que se apurem as denúncias de irregularidades administrativas contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O documento engloba as quatro denúncias já encaminhadas pelo líder tucano Arthur Virgílio Neto (AM). Segundo o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), a assessoria jurídica avalia neste momento se serão feitas quatro representações – uma para cada denúncia – ou apenas uma que inclua todas as queixas.
Guerra ressaltou que a decisão do PSDB de representar contra Sarney de forma partidária no conselho tem como objetivo fazer com que o colegiado funcione. “Nossa proposta é que o Conselho de Ética funcione não na base de pré-julgamentos ou tropa de choque. O partido tem a convicção de que essas denúncias [feitas por Virgílio] não devem ser esquecidas.”
O senador disse ainda que será preciso enfrentar no Conselho de Ética uma segunda etapa no processo de julgamento do Senado – a realização do debate qualificado das denúncias e seu julgamento, uma vez que Sarney teria hoje maioria no conselho. Sérgio Guerra ressaltou ainda a preocupação do PSDB com as intervenções feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor da permanência de Sarney na presidência do Senado.
“Houve uma ação política para instrumentalizar José Sarney no cargo”. Segundo ele, isso teria como finalidade a preservação de uma aliança política entre PT e PMDB para eleger a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República em 2010.
Guerra também contesta a isenção do presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), que é segundo suplente do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e considerado aliado político de Sarney. “Se Cabral quer ajudar a democracia, que coloque no Senado o seu primeiro suplente, Régis Fichtner, [atual chefe da Casa Civil fluminense].”
Sobre a possibilidade de o PSDB requerer a suspeição de Duque na volta aos trabalhos no conselho – pelas declarações favoráveis ao arquivamento das representações de Virgílio –, Guerra disse apenas que se “ele [Duque] se mostrar um presidente que respeita o regimento” será preservado.
Edição: Talita Cavalcante
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