29 de Julho de 2009 - 17h35 - Última modificação em 29 de Julho de 2009 - 17h35
Senadores vão apresentar mais duas representações contra Sarney
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os senadores Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, e Cristovam Buarque (PDT-DF) vão apresentar amanhã (30) mais duas denúncias por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao Conselho de Ética da Casa. As denúncias podem resultar em processo de cassação do mandato de Sarney.
Em nota divulga à imprensa, Virgílio e Cristovam afirmam que as denúncias foram baseadas em duas matérias publicadas hoje (29) pelos jornais Folha de S.Paulo e Correio Braziliense. A primeira refere-se a uma suposta venda de terras que Sarney teria deixado de pagar impostos, o que configura crime contra a ordem tributária. Já a segunda denúncia diz respeito a um agente da Polícia Federal, cedido a Sarney pelo Palácio do Planalto na cota de ex-presidentes da República.
De acordo com o jornal, o agente passaria informações privilegiadas da PF ao grupo político da família Sarney, comandado pelo filho do peemedebista, o empresário Fernando Sarney Filho. A denúncia, afirmam Virgílio e Buarque na nota, “configura, mais uma vez, a forma incestuosa com que José Sarney e seu grupo político e empresarial tratam a coisa pública.”
Ontem (28), o PSDB protocolou no Conselho de Ética três representações contra Sarney. Os tucanos acreditam que o presidente da Casa feriu o decoro parlamentar por suposto desvio de recursos públicos pela Fundação José Sarney, que tem o presidente do Senado como presidente de honra.
As outras duas denúncias referem-se à participação do peemedebista no uso de “expediente ilícito”, ou seja, Sarney teria responsabilidade na edição de atos secretos para favorecimento de parentes diretos e para favorecimento ilegal da empresa de propriedade do neto de Sarney para a operação de empréstimos consignados a servidores do Senado.
Edição: João Carlos Rodrigues
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