28 de Julho de 2009 - 18h55 - Última modificação em 28 de Julho de 2009 - 18h55
Presidente do PSDB diz que não aceita retaliação de Renan por ter representado contra Sarney
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou hoje (28), após protocolar três representações no Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que uma eventual retaliação ao partido será um equívoco. Segundo ele, a decisão de apresentar as representações é um direito legítimo e não tem pré-julgamentos.
Hoje, nos bastidores, falou-se que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), teria ameaçado apresentar representações contra senadores tucanos se o PSDB levasse adiante a ideia de ir ao colegiado contra Sarney. Sérgio Guerra disse ter conversado ontem (27) com Calheiros, que negou qualque ameça.
“Se o líder Renan promover ameaça ou qualquer tipo de retaliação ele estará equivocado. Respeitamos o PMDB e o Congresso. Estamos usando um direito legítimo, que é o de solicitar investigação, sem pré-julgamento, mas com firmeza e democracia. Ameaças não valem nada. Não ameaçamos ninguém e não aceitamos ameaças de ninguém”, disse o presidente tucano.
“Falei com ele [Renan Calheiros] ontem e não se falou em ameaça. Falou-se de um clima indesejado, que é o que prevalece hoje no Senado, que é preciso evitar”, afirmou Guerra. “Essa não é uma questão de reciprocidade. A discussão que se dá hoje é sobre o presidente Sarney, se ele pede licença ou não. Não apenas nós do PSDB, mas os partidos todos, inclusive os da base do governo, como o próprio PT”, acrescentou.
Edição: Antonio Arrais
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