30 de Julho de 2009 - 14h42 - Última modificação em 30 de Julho de 2009 - 14h44
OAB aciona Tarso Genro no Supremo para esclarecer acusação de vazamento
Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer explicações do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre declarações dadas por ele nesta semana ao jornal Folha de S.Paulo. O ministro sugeriu, na entrevista, que o vazamento de conversas de uma operação policial envolvendo a família Sarney poderia ter sido ser feito por advogados “para desviar o foco ou para comprovar a inocência de seu cliente".
Ontem (29), a OAB protocolou uma interpelação judicial ao ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). A entidade exige que o ministro da Justiça apresente os nomes dos profissionais da advocacia, que seriam responsáveis pelo vazamento.
O secretário-geral da OAB, Alberto Toron, classificou como "inaceitáveis" as declarações de Tarso por terem "enxovalhado" a honra dos advogados de uma forma genérica.
“Houve um vazamento criminoso das conversas envolvendo José Sarney, seu filho Fernando Sarney e Maria Beatriz Sarney, neta do presidente do Senado, e mais uma vez o Requerido [o ministro Tarso Genro] se apressa, ao que tudo indica, sem nenhuma apuração, em apontar os culpados de sempre: os advogados”, informa a OAB na ação protocolada.
“É inconcebível que uma declaração dessa gravidade, feita por uma autoridade do porte do Requerido, possa ficar solta no ar, conspurcando todos os advogados, quando é notório que o tipo de vazamento realizado, uma vez mais, tem nítido caráter incriminatório e jamais partiria dos advogados”, acrescentou a entidade na ação.
Edição: Antonio Arrais
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