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domingo, 29 de novembro de 2009

Agência Brasil - Advogado considera irrelevante não inclusão de prova em processo contra deputado paranaense - Direito Público

 
26 de Novembro de 2009 - 23h16 - Última modificação em 26 de Novembro de 2009 - 23h17


Advogado considera irrelevante não inclusão de prova em processo contra deputado paranaense

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

 
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Curitiba - A decisão da Justiça do Paraná de não levar em consideração o exame de dosagem alcoólica que consta no processo que pede a condenação do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, envolvido no acidente que matou dois jovens em maio passado, em Curitiba, não é relevante, na avaliação do advogado Elias Mattar Assad.

O advogado atua como assistente do Ministério Público em nome da família Yared, de um dos dois jovens mortos no acidente. Ele explicou à Agência Brasil que o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, no despacho que marcou a data da audiência de instrução e julgamento para o dia 4 de fevereiro do próximo ano, alegou que o exame de sangue foi realizado sem o consentimento do acusado. “O material coletado logo após o acidente tinha finalidades específicas para exames laboratoriais”, explicou o juiz.

Segundo o advogado, todas as outras acusações que constam no processo foram levadas em consideração, como dirigir em alta velocidade em via pública, acima de 170 quilômetros por hora e dirigir com a Carteira Nacional de Habilitação suspensa.

Assad citou o relato de várias testemunhas que afirmam ter visto Carli Filho embriagado. O manobrista e um amigo tentaram, de acordo com o advogado, impedir que ele saísse dirigindo do restaurante na noite do acidente, dia 7 de maio. “Se por caso no dia do julgamento o júri entender que o ex-deputado não estava embriagado, a situação fica mais grave, porque as irregularidades foram cometidas por uma pessoa lúcida”- argumentou.

Carli Filho foi denunciado por duplo homicídio qualificado com dolo eventual. No acidente envolvendo o ex-deputado morreram os jovens Gilmar Rafael de Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida. Se condenado, poderá receber pena que varia entre 15 e 30 anos.



Edição: João Carlos Rodrigues  


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