26 de Novembro de 2009 - 14h38 - Última modificação em 26 de Novembro de 2009 - 14h38
Impacto da crise sobre o emprego foi maior em São Paulo, revela IBGE
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O impacto da crise financeira internacional sobre a indústria em São Paulo refletiu-se no avanço do desemprego no estado, que acumula a maior taxa no país. Entre janeiro e outubro deste ano, a taxa da desocupação média em São Paulo é de 9,5%, ante 8,3% nas demais regiões do país. As informações constam da Pesquisa Mensal do Emprego (PME) divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, entre as seis regiões pesquisadas ao longo do ano, além de São Paulo, o desemprego só subiu em Recife.
A taxa média de 8,3% de desemprego no país revela um avanço de 0,2 ponto percentual acima do resultado verificado entre janeiro e outubro de 2008. Em São Paulo, essa taxa está 0,9 ponto percentual acima do indicador do mesmo período do ano passado, tendo crescido em outubro deste ano 10,4% em relação a setembro.
“Isso é um fato preocupante porque São Paulo é a maior região e é uma metrópole que acaba tendo um efeito farol sobre outras – o que acontece em São Paulo, se repete nos demais estados”, avaliou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.
Segundo o economista, o estado representa 40% da população ocupada no país e, embora seja “um farol”, é um caso isolado. “Todos os equipamentos do estado, de certa forma, sofreram com a crise, principalmente a indústria, que apresentou maior redução.”
Na comparação entre outubro deste ano e o mesmo mês do ano passado, o indicador avançou de 7,7% para 8,6%, o que significa 80 mil pessoas a mais sem emprego, de um contingente de 9 milhões de pessoas ocupadas e mais 850 mil desocupadas.
A pesquisa também mostra que o Rio de Janeiro tem a menor taxa de desemprego no país, na comparação de outubro com setembro. O desemprego no Rio marca queda de 21,8%, refletindo, por outro lado, a retomada de setores da indústria ao longo do ano.
A taxa de desemprego no país ficou em 7,5%, 0,2 ponto percentual abaixo da anterior (7,7%), não representando variação estatística significativa, segundo o IBGE.
Edição: Nádia Franco
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