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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Agência Brasil - Falta de consenso adia comunicado oficial ibero-americano sobre eleições em Honduras - Direito Internacional

 
30 de Novembro de 2009 - 18h28 - Última modificação em 30 de Novembro de 2009 - 18h28


Falta de consenso adia comunicado oficial ibero-americano sobre eleições em Honduras

Lísia Gusmão
Enviada Especial

 
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Estoril (Portugal) - Por falta de consenso, os líderes dos países ibero-americanos deixaram para amanhã (1º) um comunicado oficial sobre o reconhecimento das eleições em Honduras. O texto em negociação vai reforçar a condenação do golpe que tirou o presidente Manuel Zelaya do poder, mas não deverá descartar as eleições de ontem (29), embora tenham ocorrido sob o comando do governo golpista.

“As eleições constituem um fato e o clima geral é usar positivamente as eleições para encontrar uma saída para a crise em Honduras”, disse o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, em rápida declaração, ao fim do primeiro dia da Cúpula do Estoril.

Iglesias admitiu a falta de consenso, mas disse que está “otimista” em relação ao tom da declaração final. A dificuldade é costurar um texto que amenize o clima de divergências e acusações que marcaram a Cúpula do Estoril. O comunicado deverá ser firme na condenação do golpe que afastou Zelaya, mas moderado em relação à eleição de Porfiro Lobo.

“Queremos saber o que significa a eleição de Porfirio Lobo”, disse o secretário-geral ibero-americano.

A Cúpula do Estoril expôs o racha da comunidade internacional em relação às eleições hondurenhas. O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, levantou o tom em defesa do reconhecimento do resultado do pleito em Honduras e, indiretamente, acusou o governo de brasileiro de incoerência, uma vez que aceitou a decisão das urnas nas eleições iranianas. "Há muitos países da comunidade internacional que aceitam as eleições no Irã, que foram questionadas, que se sabe que não foram limpas, que todo mundo sabe que não foram transparentes", disse Arias.

A reação veio do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, que considerou a acusação do ex-mediador da crise em Honduras “improcedente”. “Essa comparação, além de indelicada, é improcedente. As eleições no Irã foram convocadas pelo governo iraniano, sobre o qual não havia nenhuma contestação. As eleições em Honduras foram convocadas por um governo golpista. Se quiser fazer uma comparação, o presidente Arias deve procurar um exemplo mais consistente”, respondeu Garcia.





Edição: Nádia Franco  


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