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domingo, 29 de novembro de 2009

Agência Brasil - Ensino superior tem quase 1,5 milhão de vagas ociosas, 98% está nas particulares - Direito Público

 
27 de Novembro de 2009 - 10h41 - Última modificação em 27 de Novembro de 2009 - 13h58


Ensino superior tem quase 1,5 milhão de vagas ociosas, 98% está nas particulares

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

 
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Elza Fiúza/ABr
Brasília -  A secretária de Educação Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci, divulga o Censo da Educação Superior de 2008Brasília - A secretária de Educação Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci, divulga o Censo da Educação Superior de 2008
Brasília - O crescimento do número de matrículas no ensino superior entre 2007 e 2008 não acompanhou a expansão das vagas. Em todo o país, foram registradas 1.479.318 vagas não preenchidas de acordo com informações do Censo da Educação Superior, divulgado hoje (27) pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Bucci, o fenômeno ocorre porque, durante o processo de autorização de um curso, as instituições pedem mais vagas do que de fato desejam oferecer. “O processo de autorização era muito lento. A tendência é que a instituição não precise mais fazer esse 'estoque' de vagas.”

As instituições privadas respondem por 98% dessas vagas. Entre 2007 e 2008, o aumento de vagas ociosas foi de 10%. Apesar de alto, ainda é menor do que o registrado no período anterior, de 13%. O relatório aponta que é preciso analisar as razões para um número tão grande de vagas desocupadas, pois “a oferta deve refletir a capacidade instalada do setor para atender à demanda por cursos de graduação”.

A secretária acredita que é preciso ampliar as fontes de financiamento para que a população de baixa renda que ainda está fora do ensino superior possa ter acesso a essas vagas ociosas. “O Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior] está sendo reformulado para que tenha um melhor aproveitamento, hoje ele é usado em grau muito menor do que poderia.”

Outro dado apresentado pelo censo é o índice de conclusão de curso. Pouco mais da metade dos estudantes (57,3%) conseguiu se formar. A taxa de conclusão foi calculada pela razão entre o número de concluintes de 2008 e os ingressantes de 2005.

As menores taxas de conclusão registradas em 2008 são de instituições privadas: 55,3%. Entre as públicas o índice é de 65%, chegando a 67% na rede federal.





Matéria alterada para acrescentar informações / Edição: Talita Cavalcante  



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