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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Agência Brasil - Criminalidade e grupos de extermínio no Nordeste são tema do Caminhos da Reportagem - Direito Público

 
26 de Novembro de 2009 - 17h47 - Última modificação em 26 de Novembro de 2009 - 20h19


Criminalidade e grupos de extermínio no Nordeste são tema do Caminhos da Reportagem

Paulo Garritano
Repórter da TV Brasil

 
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Brasília - A duas horas de João Pessoa ficam as cidades de Itambé e Pedras de Fogo. Na divisa entre Pernambuco e Paraíba, epicentro da pistolagem no país. O resultado não poderia ser outro: a morte é uma rotina. Itambé e Pedras de Fogo são duas cidades pequenas coladas que parecem uma só, divididas por uma linha imaginária.

Um levantantamento da Promotoria de Itambé revelou que, nos últimos 10 anos, 221 pessoas foram executadas por pistoleiros na região. Até hoje, dois foram julgados. Um dos casos - o assassinato do advogado Manoel Mattos, ex-presidente da Câmara dos Vereadores - ganhou repercussão internacional. O vereador do PT foi uma das principais testemunhas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pistolagem. Ele denunciou os grupos de extermínio da região. Manoel Mattos foi assassinado no dia 24 de janeiro deste ano. Ele era um dos assessores do deputado federal Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, que colaborou com a CPI.

Outras duas testemunhas que colaboraram secretamente com os deputados também foram executadas. O relatório final da CPI ficou pronto em 2005. A comissão descobriu a identidade de pistoleiros, de mandantes e de policiais dos dois estados. Quatro anos depois, nada mudou.

O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, esteve em Itambé para conhecer a região e conversar com a mãe de Manoel Mattos. Ele criou uma comissão especial para acelerar a apuração e punição dos acusados pelo assassinato.

"É intolerável repetir em 2009 práticas que vêm do tempo do cangaço, em que o Estado brasileiro não tinha instituições nem Constituição", disse Vannuchi.

O pistoleiro fardado, que de dia é policia e à noite matador de aluguel, surge como um novo personagem nessa realidade que mistura poder, morte e
dinheiro. "Recebem uma farda, um salário para matar pessoas decentes. O pior tipo de bandido fardado recebe dinheiro para não cumprir o seu papel com a sociedade. Precisa ser estirpado, identificado em nome da corporação, da política e da vida pública", disse o deputado Fernando Ferro à TV Brasil.

A equipe de jornalismo do Caminhos da Reportagem gravou o depoimento de um ex-policial militar que viu de perto como funciona a pistolagem fardada, a corrupção. Outros três falaram sobre a profissão de matador de aluguel. Veja a cobertura completa no Caminhos da Reportagem que será exibido hoje (26), a partir das 22h, na TV Brasil.



Edição: Lílian Beraldo  


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