29 de Novembro de 2009 - 13h45 - Última modificação em 29 de Novembro de 2009 - 19h19
Candidato eleito em Honduras deve procurar apoio de Lula, diz Jungmann
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de desejo dos dois principais candidatos à Presidência do Honduras. Pelas pesquisas de opinião, o líder Porfirio Lobo Sosa, do Partido Nacional, e o segundo colocado Elvin Santos, do Partido Lideral, pretendem procurar Lula para pedir seu apoio. Ambos têm restrições ao presidente deposto hondurenho, Manuel Zelaya. O governo brasileiro não reconhece a legitimidade dos resultados das eleições realizadas hoje (29) em Honduras.
Único observador brasileiro nas eleições de Honduras, o deputado federal Raul Jungmann (PE), disse à Agência Brasil que Porfirio e Elvin pretendem procurar Lula. “Conversei tanto com Porfirio quanto com Elvin. Os dois me disseram que, se eleitos, irão procurar o presidente Lula para pedir o apoio dele”, disse o parlamentar, que desde sexta-feira (26) está em Tegucigalpa.
O governo brasileiro, porém, reiterou nos últimos dias que não reconhece a legitimidade das eleições em Honduras, por suspeitas de contaminação do processo. Segundo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, apoiar os resultados das eleições seria referendar o golpe de Estado de junho passado que tirou Zelaya do poder.
A crise política em Honduras se estende há cinco meses. Em junho, Zelaya foi deposto por uma manobra política comanda pelas Forças Armadas, o Congresso Nacional e a Suprema Corte de Honduras. Ele era suspeito de tentar modificar a Constituição do país para manter-se por mais tempo no governo.
As eleições realizadas hoje em Honduras envolvem cinco candidatos. Na disputa pela Presidência em 2005, Porfirio concorreu com Zelaya e perdeu. Elvin foi vice-presidente do governo Zelaya e deixou o cargo para concorrer às urnas. É um empresário bem-sucedido e promete implementar programas de combate à pobreza.
Também disputam os votos Bernard Martinez, do Pinu, Felicito Avila, do PDC, e Cesar Ham, do Partido da Unificação Democrática (US). Ham é o único que defende amplamente a restituição ao poder de Zelaya.
Edição: Tereza Barbosa
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