30 de Março de 2009 - 16h42 - Última modificação em 30 de Março de 2009 - 16h42
CUT critica congelamento de salário proposto pelo governo do Distrito Federal
Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Distrito Federal, Rejane Pitanga, criticou hoje (30) projeto de lei enviado pelo governador do DF, José Roberto Arruda, à Câmara Legislativa, congelando os salários dos servidores públicos locais até 2011.
A proposta deverá ser examinada ainda hoje pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Casa e conta com posição contrária do relator, o deputado Paulo Tadeu (PT), presidente da comissão.
De acordo com a Câmara Legislativa, o texto condiciona a "criação de vantagens, alterações de vencimentos, subsídios e remunerações" e a "reestruturação de carreiras ou cargos" à disponibilidade orçamentária e financeira do governo local.Pela proposta, as mudanças serão reavaliadas por comissão constituída pelos secretários de Fazenda, do Planejamento e de Governo, e pela Casa Civil, quando a economia do país apresentar quadro mais favorável.
Para Regina, "não há justificativa, dentro da crise econômica, para restrições aos funcionários do Executivo do DF, que emprega boa parte da população". Hoje, a CUT-DF participou das manifestações das centrais sindicais dos trabalhadores, realizadas em frente ao Banco Central, na Esplanada dos Ministérios e na sede do Supremo Tribunal Federal (STF).A concentração reuniu cerca de 300 pessoas, com a presença também de militantes da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) e Força Sindical.
Ao meio dia, os manifestantes fizeram abraço simbólico ao prédio do STF, protestando "contra a criminalização dos movimentos sociais e as críticas do presidente da Corte, Gilmar Mendes, em relação ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra [MST]", conforme explicou Rejane.
As manifestações dos trabalhadores, que aconteceram em 15 estados, tiveram como bandeira a manutenção do emprego e do salário e a queda na taxa de juros anual, a Selic, em face da crise econômica.
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