29 de Julho de 2009 - 19h45 - Última modificação em 29 de Julho de 2009 - 19h45
Amorim culpa acordo militar entre Colômbia e EUA por tensões na região
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pediu hoje (28) mais transparência da Colômbia quanto ao acordo militar que está sendo fechado com os Estados Unidos. “Digo isso, num espírito de total amizade, aliás disse isso ao chanceler colombiano, seria bom que a Colômbia, transparentemente, diga o que é para que as pessoas ouçam, vejam, e possa haver uma discussão. Com esse objetivo foi criado o Conselho de Defesa”, afirmou Amorim ao ser questionado, pela imprensa, sobre os desentendimentos entre os governos venezuelano e colombiano.
Ontem (27), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, determinou a retirada do embaixador da venezuelano na Colômbia e de todos os altos funcionários da embaixada e anunciou o “congelamento das relações” entre as duas nações. Também solicitou a redução das importações e a revisão de todo o comércio bilateral em reação a declarações do presidente colombiano, Alvaro Uribe, sobre o suposto fornecimento de armas suíças para guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pela Venezuela.
Hoje, Amorim deu a entender que as tensões na região estão sendo geradas pela maior aproximação militar entre Colômbia e Estados Unidos. Os dois países negociam um acordo pelo qual 800 militares e 600 civis norte-americanos serão deslocados para três bases aéreas da Colômbia - Malambo, Palanquero e Apiay - , o que facilitaria as operações contra o terrorismo e a produção de drogas.
“Poderia haver, desde que haja um acordo entre as partes, uma discussão que ajude a recriar confiança, como ela já foi recriada algumas vezes”, disse o chanceler brasileiro. “O Brasil, naturalmente, sempre trabalhou e seguirá trabalhando por uma amizade e reconciliação entre esses dois países, porque ambos são amigos nossos, ambos têm boas relações com o Brasil”, garantiu.
Edição: Lílian Beraldo
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