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sábado, 28 de novembro de 2009

Agência Brasil - Representante da União Europeia no Brasil reitera preocupação com fabricação de armas pelo Irã - Direito Internacional

 
27 de Novembro de 2009 - 13h36 - Última modificação em 27 de Novembro de 2009 - 16h41


Representante da União Europeia no Brasil reitera preocupação com fabricação de armas pelo Irã

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O representante da União Europeia (UE) no Brasil, João Pacheco, reiterou hoje (27) que há preocupação dos integrantes do bloco com as suspeitas de que o Irã oculte a produção de armas nucleares. Segundo ele, a UE apoia o programa nuclear iraniano desde que com fins pacíficos. A reação dele ocorreu no mesmo dia em que a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) aprovou uma resolução censurando o programa iraniano pela construção de uma usina de enriquecimento de urânio suspeita de objetivos militares.

“A posição da União Europeia é bem conhecida e similar à brasileira. Não temos nada contra a indústria nuclear para fins pacíficos. Temos um grupo em contato permanente procurando uma saída nuclear. O que somos é contra a construção de bomba nuclear”, disse Pacheco, que participou de reuniões em Brasília para discutir cooperação científica e técnica na área de energia nuclear.

Pela resolução da Aiea, o governo do Irã deve paralisar as atividades da usina de urânio enriquecido. Na última segunda-feira (23), quando esteve no Brasil, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que a usina nuclear iraniana foi construída há mais de 40 anos e funciona com urânio enriquecido a 20%. Segundo ele, o Irã tem capacidade de produzir este tipo de combustível, mas atualmente vem produzindo apenas o urânio enriquecido a 3,5%.

Também na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito de o Irã desenvolver programa nuclear próprio desde que com fins pacíficos. “O que defendemos há muito tempo é que o Irã tenha o direito a um programa nuclear para gerar energia, com pleno respeito aos acordos internacionais”, disse o brasileiro durante pronunciamento ao lado de seu colega iraniano.

As usinas relativas ao programa nuclear do Irã já foram submetidas a várias inspeções. Há suspeitas de que o governo iraniano oculte o desenvolvimento de pesquisas e produção de armas nucleares. No Brasil, Ahmadinejad negou as acusações e atribuiu às grandes potências as denúncias que levantam dúvidas sobre os fins militares referentes ao programa iraniano.    



Edição: Lílian Beraldo  


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