31 de Março de 2009 - 18h28 - Última modificação em 31 de Março de 2009 - 18h28
Melhor do que medidas isoladas é a reforma tributária, defende Alencar
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
Marli Moreira - O presidente em exercício, José Alencar, afirmou hoje (31) que a prorrogação, por mais três meses, da redução do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) na compra de veículos e as demais medidas de estímulo à economia deverão minimizar os efeitos da crise financeira internacional, favorecendo o crescimento econômico de forma setorial.
No entanto, Alencar considera melhor para o país a efetiva aprovação do projeto de reforma tributária, em tramitação no Congresso Nacional.
Alencar disse que as medidas anunciadas ontem (30) beneficiam setores isolados, mas a reforma tributária dinamizaria toda a economia. Ele reconheceu, porém, que ainda vai levar muito tempo para que isso ocorra.
“Uma reforma ideal não é nada fácil, porque tem de consultar os 26 estados, além do Distrito Federal, e cada um deles tem interesses especifícos.” Isso é resultado da democracia, afirmou. “Como disse Winston Churcill [primeiro-ministro britânico nas décadas de 40 e 50], a democracia é péssima, mas mas não existe um regime melhor.”
“O presidente Lula está muito preocupado em neutralizar [os efeitos] do desemprego na economia”, ressaltou Alencar. Por isso, disse o presidente em exercício, os estímulos fiscais para a construção civil poderão ajudar a dinamizar a área habitacional e, por consequência, outros setores. Quanto à possibilidade de um repasse do custo fiscal sobre os cigarros para o consumidor final, Alencar considerou saudável para a sociedade, porque deverá diminuir o número de fumantes.
Ele deu as informações ao deixar, nesta tarde, o Hospital Sírio-Libanês, onde permaneceu por sete horas, para a troca de um catéter no canal de ligação do rim para a bexiga.
Alencar, de 77 anos, luta contra o câncer. Em fevereiro, ele passou por uma delicada cirurgia, mas em cerca de 15 dias já tinha recebido alta. Demonstrando vigor físico, assim que deixou o hospital, viajou para Brasília, onde cumpriria, ainda hoje, compromissos e teria já agendado outro para amanhã (1º).
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