25 de Novembro de 2009 - 19h47 - Última modificação em 25 de Novembro de 2009 - 22h13
Presidente da CNI cobra medidas mais eficazes em relação ao câmbio
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois das reduções de impostos que beneficiaram diversos setores da economia, o grande desafio da indústria brasileira no momento é estimular as exportações em meio à queda do dólar, disse hoje (25) o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. Ele cobrou que o governo tome medidas mais efetivas para lidar com o câmbio, como a reforma na legislação do setor.
Após participar de reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da CNI defendeu uma postura mais ativa do Banco Central para comprar dólares e impedir uma queda ainda maior da moeda norte-americana.
“O Brasil optou por um câmbio flutuante, mas como atuar diante desse cenário?”, questionou Monteiro Neto. “Apoiamos firmemente uma posição ativa do Banco Central em comprar divisas e defendemos a revisão e modernização da legislação cambial [que retire barreiras à saída de dólares].”
O presidente da CNI também defendeu o aproveitamento de créditos tributários – que podem ser usados para abater o pagamento de impostos – para retomar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. “Os exportadores têm direito a resgatar uma grande soma de crédito em impostos como PIS/Cofins e ICMS, mas depende de o governo federal e os estados liberarem os recursos”.
O presidente da Confederação Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady, também participou da reunião do GAC. Ele reivindicou que o governo garanta a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida para 2011. “Manifestamos nossa preocupação com a continuidade do projeto. O empresariado tem como certa a construção de 1 milhão de unidades no ano que vem, mas nada está garantido para o momento seguinte".
O GAC foi criado em janeiro, como fórum de discussões entre governo e empresários. Originalmente se chamava Grupo de Acompanhamento da Crise. Em agosto, o nome mudou para Grupo de Acompanhamento do Crescimento e, no mês passado, foi novamente rebatizado para Grupo de Avanço da Competitividade.
Edição: Rivadavia Severo
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