Anúncios


domingo, 23 de novembro de 2008

Agência Brasil - Banco Central já liberou US$ 14 bilhões visando à liquidez do mercado - Direito Administrativo

 
6 de Novembro de 2008 - 17h26 - Última modificação em 7 de Novembro de 2008 - 15h28


Banco Central já liberou US$ 14 bilhões visando à liquidez do mercado

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

 
envie por e-mail
imprimir
comente/comunique erros
download gratuito
Roosewelt Pinheiro/ABr
Brasília - O presidente do BC, Henrique Meirelles, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Brasília - O presidente do BC, Henrique Meirelles, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse hoje (6), durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que, até ontem (5), a instituição tinha liberado US$ 14 bilhões, com o objetivo específico de prover liquidez da moeda estrangeira no mercado.

Segundo Meirelles, a volatilidade do mercado de câmbio foi reduzida, com a venda de US$ 24,5 bilhões em swap cambial (contratos que trocam o rendimento em juros pela oscilação do dólar) e de US$ 1,5 bilhão relativo à não-rolagem do swap cambial reverso. Nessa operação, as instituições financeiras compradoras do contrato ganham uma taxa de juros, e o BC recebe variação cambial do período de validade dos contratos.

“O mercado cambial funciona influenciado pelo mercado à vista, mas é fortemente influenciado pelo mercado futuro, e isso está relacionado à flutuação do valor de câmbio do real contra o dólar”, explicou Meirelles.

Até ontem, a soma do total de atuações do mercado de câmbio foi de US$ 40 bilhões. “Dos leilões de dólares, apenas US$ 5,1 bilhões foram usados com recursos das reservas internacionais”, disse. “Mas o BC tem capacidade de vender até US$ 50 bilhões adicionais, caso seja necessário”, completou.

Meirelles informou que o BC tem realizado alguns tipos de operações que não afetam as reservas – cerca de US$ 35 bilhões. “Trata-se de aplicações das reservas, diferentemente da venda de dólares no mercado à vista. São empréstimos realizados com garantias, e serão recebidos ao final do processo”, disse, referindo-se aos US$ 5,8 bilhões relativos a leilões com recompra simultânea, aos US$ 1,6 bilhão garantidos em global bonds, e aos US$ 1,5 bilhão referentes ao primeiro empréstimo, realizado ontem, com a garantia de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), e Adiantamento Cambiais Entregues (ACE).

“Foi publicado nos jornais que o BC obteve lucros importantes com operações de câmbio. De fato é verdade, porque porções foram compradas quando o dólar estava mais barato. Mas a finalidade do BC com essas operações não foi a de gerar lucros. Foi proteger o país de um excesso de volatilidade. Felizmente, pudemos ajudar também as contas públicas.”

O BC havia disponibilizado US$ 2 bilhões para o leilão de ACC e ACE de ontem, dos quais foram arrematados US$1,5 bilhões. Meirelles chamou a atenção para um dado importante: “Esses valores foram arrematados por 18 instituições. Algumas delas eram instituições pequenas, que compraram valores pequenos. Isso indica uma disseminação importante no mercado.”

Segundo ele, o êxito das ações começa a chegar nos bancos médios e pequenos, provendo liquidez para o sistema. “Da linha total disponibilizada pelos compulsórios, que pode chegar a R$ 100 bilhões, R$ 47 bilhões já foram injetados para dar liquidez ao mercado. Bancos pequenos e médios tiveram 100% dos seus compulsórios liberados. Aos bancos grandes foram liberados valores variados, totalizando cerca de R$ 2 bilhões”, disse.

Meirelles apontou, como resultados das medidas adotadas pelo BC, a regularização gradual da oferta de recursos para exportação e a redução da volatilidade do mercado de câmbio. Destacou também a atuação do órgão, por não ter comprometido o bom nível das reservas internacionais. “Se considerarmos os US$ 30 bilhões disponibilizados no contrato firmado com o Federal Reserve [o Banco Central dos Estados Unidos], chegaremos a um total de US$ 230 bilhões em reservas”, disse. “Estamos reservando poder de fogo”, finalizou.


 


Agência Brasil - Banco Central já liberou US$ 14 bilhões visando à liquidez do mercado - Direito Administrativo

 



 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário