Defesa Civil orienta pessoas a registrar desaparecimento de parentes
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oficialmente, 30 pessoas estão desaparecidas em Santa Catarina, devido às chuvas que há cerca de dois meses castigam o estado. Esse número, no entanto, pode ser muito maior e tende a crescer nos próximos dias, conforme admite o próprio Departamento Estadual de Defesa Civil.
“O número oficial de desaparecidos [30] já é grande, mas é possível que seja muito maior. Só que essas informações ainda não chegaram até nós”, disse à Agência Brasil o secretário do Conselho Estadual de Defesa Civil, major Emerson Neri Emerim.
A Defesa Civil recomenda que quem tiver um parente desaparecido procure uma delegacia de polícia e registre o sumiço, informando, se possível, o local e o dia em que a pessoa foi vista pela última vez. Tais informações permitirão que as autoridades tenham maior controle sobre a situação e aprimorem as buscas.
Já aSecretaria da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, por intermédio da Polícia Civil, disponibilizou o e-mail desaparecidos@pc.sc.gov.br para quem quiser comunicar o sumiço de pessoas ou seu reaparecimento. O serviço irá auxiliar a Defesa Civil.
Emerim, entretanto, afirma que a prioridade agora é retirar as pessoas vivas de áreas de risco. “Nossa prioridade, nesse momento, é resgatar as pessoas que estão isoladas, correndo risco de vida devido a novos deslizamentos. Infelizmente, acreditamos que as que estão soterradas já tenham perdido a vida, já que não teriam como respirar debaixo da terra, que está muito compactada.”
A contragosto, o secretário admitiu que, iniciadas as buscas sob a terra, o número de vítimas fatais também deverá aumentar. “Infelizmente, a expectativa existe, mas vamos torcer para que isso não aconteça”.
Segundo boletim divulgado às 16h50 pela Defesa Civil, o número de mortos já chega a 86.
A força-tarefa composta por militares do Exército e do Corpo de Bombeiros, homens da Defesa Civil e voluntários dispõe de 23 helicópteros para resgatar as pessoas atingidas pela tragédia em toda a região leste do estado.
O secretário garante que o número de homens “está dando conta dos trabalhos” – que envolvem também o auxílio aos abrigos e a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos – mas os governos de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais, dp Distrito Federal e do Amazonas já oferecerem ajuda. “Estamos certos de que, se pedirmos, outros estados também estarão de portas abertas para nos ajudar.”
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