24 de Fevereiro de 2009 - 10h44 - Última modificação em 24 de Fevereiro de 2009 - 11h15
Crise reduz orçamento da festa em Mariana
Marco Antonio Soalheiro
Enviado Especial
Mariana (MG) - Na esteira da crise econômica internacional, cujos efeitos chegaram à primeira vila de Minas Gerais, fundada em 1696, a prefeitura promoveu neste ano um corte brusco de gastos em relação ao carnaval de 2008. No ano passado, segundo o prefeito Roque Camêllo, que era vice à época, o Poder Público investiu R$ 1,2 milhão na festa, reduzidos este ano para R$ 500 mil.
Os cortes foram feitos com a desativação de boates e a economia na contratação de seguranças, que se tornou possível com a colocação de câmeras de monitoramento das ruas. Além disso, foram contratados para apresentação em palcos fora do centro histórico artistas que cobraram cachês mais baratos.
“Trouxemos bandas menores e privilegiamos as corporações locais. E investimento material nem sempre garante o retorno desejado”, ressaltou o prefeito.
A prefeitura tem 70% de seu orçamento vinculado à tributação minerária e teme uma queda com a provável redução das exportações, em decorrência da crise. A receita com o turismo ainda é incipiente e uma das razões para que a cidade busque o reconhecimento como patrimônio histórico e cultural da humanidade, já que tem vários casarões seculares, igrejas, museus e com valiosas peças de arte sacra e barroca.
“O turismo ainda não ganhou a conotação de indústria por aqui. Queremos abrir outros leques”, admitiu Camêllo. Ele acredita que cidade poderá atrair eventos nacionais com a construção de um centro de convenções, em andamento, e com melhor marketing do turismo religioso, especialmente na Semana Santa.
Agência Brasil - Crise reduz orçamento da festa em Mariana - Direito Público
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