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domingo, 23 de novembro de 2008

Agência Brasil - Projeto que desobriga uso de terno e gravata no Congresso gera polêmica - Direito Administrativo

 
22 de Novembro de 2008 - 18h21 - Última modificação em 22 de Novembro de 2008 - 19h36


Projeto que desobriga uso de terno e gravata no Congresso gera polêmica

Paula de Castro
Repórter da Rádio Nacional

 
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Brasília - Trabalhar de terno e gravata pode custar caro. É por causa disso que uma proposta causou polêmica entre parlamentares e funcionários do Congresso Nacional. De autoria do senador Gerson Camata (PMDB-ES), a proposta quer desobrigar o uso de terno e gravata na Câmara e no Senado e reduzir despesas. O professor e engenheiro da Universidade de Brasília (UnB) João Pimenta explica que se a temperatura do aparelho de ar condicionado for aumentada, o gasto de energia diminui, reduzindo também as despesas com o pagamento de energia elétrica.

“Na medida em que a pessoa se veste com roupas mais pesadas, o que propicia um isolamento térmico maior, é necessário que se utilize uma temperatura menor no ambiente. E isso implica consumo de energia maior”, explica Pimenta.

Para se ter uma idéia do consumo estimado de ar condicionado, de acordo com a Companhia Energética de Brasília (CEB), um aparelho gasta em média R$ 77 quando utilizado oito horas por dia. É um consumo alto para um único aparelho, se comparado, por exemplo, a outro vilão da conta de luz como o chuveiro elétrico, que gasta em média, R$ 14 se utilizado por 40 minutos todos os dias.

Além do custo elevado, João Pimenta afirma que o ar-condicionado pode também prejudicar o meio ambiente. O professor explica que o prejuízo pode ocorrer de duas  maneiras. Uma seria de impacto direto, provocado pelo vazamento de gases refrigerantes que contribuem para a destruição da camada de ozônio e para o aquecimento global. A outra seria de modo indireto, relacionado ao consumo de energia. De acordo com o professor quanto mais eficiente o aparelho, menor é o consumo. 

Sobre a proposta do senador Gerson Camata, Pimenta explica que o aumento da temperatura do aparelho pode diminuir os gastos. “Com certeza, vai haver uma redução do consumo. Mas, para dizer o quão importante essa redução será - com certeza, ela será significativa a longo prazo - não temos dados concretos para avaliar. Mas há uma redução sem dúvida”, avalia o engenheiro.

João Pimenta diz que a utilização consciente do aparelho e a boa manutenção ajudam a reduzir o consumo de energia.

 

Matéria alterada para correção de informação e adequação de título.  


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