12 de Março de 2009 - 19h51 - Última modificação em 12 de Março de 2009 - 19h51
CNBB apóia excomunhão dos envolvidos no aborto de criança pernambucana
Da Agência Brasil
Wilson Dias/ABrBrasília - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) , Dom Dimas Lara Barbosa, afirmou hoje (13) que a prática do aborto ocasiona excomunhão instantânea. “Em alguns casos especiais, se prevê esse tipo de pena, em que a pessoa pelo simples fato de cometê-lo, se coloca fora da comunhão”, disse, após o encerramento da reunião do Conselho Permanente da entidade.
Brasília - O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, e o presidente, dom Geraldo Lyrio Rocha, concedem entrevista coletiva no encerramento da reunião do Conselho Permanente, que reuniu 40 bispos. Entre os assuntos, a interrupção da gravidez da menina de 9 anos, estuprada pelo padrasto no interior de Pernambuco
Para ele, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, não excomungou nenhum dos envolvidos no aborto da menina de 9 anos violentada em Alagoinha (PE), pois ele apenas lembrou uma norma existente no direito canônico. Segundo o secretário, o estupro não é punido com excomunhão porque não está previsto nas leis da igreja.
“As pessoas que trabalham contra o nascituro, conscientemente, se colocam fora da comunhão da igreja, porque elas já não comungam com o pensamento cristão, que é em defesa da vida”, afirmou Barbosa.
Barbosa preferiu não opinar sobre a excomunhão das pessoas envolvidas no aborto. “Não sabemos quem tinha consciência ou não do ato”, disse. Entretanto, para ele, a pessoa menos responsável é a mãe da menina, pois ela agiu sob pressão ao autorizar o aborto.
O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, afirmou que a excomunhão não tem relação com condenação eterna. “Excomunhão não é sinônimo de condenação ao inferno. Digo isso por causa do imaginário popular, quando alguém é excomungado parece que foi condenado ao inferno.” Ele explicou que o ato de excomungar alguém é a punição de um delito e pode ser reconsiderado pela igreja se a pessoa não infligir novamente o código canônico.
Segundo ele, a repercussão da excomunhão dos médicos envolvidos mudou o foco da situação e esvaziou o debate da sociedade. “Esse aspecto tão repugnante do que foi o crime praticado, se diluiu diante da história da excomunhão”, disse.
Technorati Marcas: : Direito Público, Poder Judiciário, Agência Brasil, Notícias da Justiça, religião, exploração sexual, justiça, saúde,
BlogBlogs Marcas: : Direito Público, Poder Judiciário, Agência Brasil, Notícias da Justiça, religião, exploração sexual, justiça, saúde,
Nenhum comentário:
Postar um comentário