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sábado, 7 de março de 2009

Agência Brasil - Diretor do Banco Mundial pede mais participação acionária do Brasil em agências multilaterais - Direito Internacional

 
6 de Março de 2009 - 20h44 - Última modificação em 6 de Março de 2009 - 20h44


Diretor do Banco Mundial pede mais participação acionária do Brasil em agências multilaterais

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O diretor executivo do Banco Mundial (Bird), Rogério Studart, defendeu hoje (6) a importância do papel das agências multilaterais no enfrentamento da crise financeira mundial e uma maior participação acionária do Brasil junto a essas instituições.

"Para desafios globais, é necessário que se utilize instituições globais. E para se ter voz nessas instituições, é necessário que se tenha maior participação acionária", destacou Studart, no Seminário Internacional sobre Desenvolvimento organizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão consultivo da Presidência da República.

O diretor do Banco Mundial ressaltou que a crise agravou problemas que já existiam e que o Brasil teria condições de contribuir para a busca de soluções. "O mundo já era insustentável antes de sua economia se tornar insustentável. É só observar a questão ambiental. Até a própria questão da segurança já tornava evidente que o modelo econômico era insustentável. Quem mora no Rio de Janeiro sabe muito bem do que eu estou falando. Uma cidade em que a classe média tem que viver trancada em grades demonstra que passamos por uma situação política extremamente instável", observou.

O diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista, concordou com Studart e destacou que a crise representa para o Brasil uma grande oportunidade. "Esse é um péssimo momento para ser conformista. Estamos diante de uma crise de dimensões gigantescas e a pior coisa que se pode fazer com uma crise é desperdiçá-la. Propostas que há seis meses eram consideradas românticas hoje são factíveis", disse.

Batista destacou que há um consenso entre as nações mais ricas de que não será possível encontrar soluções somente no âmbito do G7, grupo das sete nações mais ricas do mundo, centro do capitalismo. Ele considerou o G20, grupo de países desenvolvidos e emergentes, como a melhor instância para a discussão dos problemas relativos à crise.

"Essa crise é grave e tem origem nos países mais ricos. As velhas potências são as responsáveis pela crise dessa vez. São poderosíssimas, mas estão enfraquecidas no campo econômico, político e moral. As nações sabem que essa crise não pode ser resolvida no âmbrito do G7. Precisará da contribuição das economias emergentes e periféricas", destacou.

O diretor do FMI disse, ainda, que o Brasil é um bom parceiro na questão do aquecimento global. "Um país que tem metade de seu território coberto pela floresta. Não só por isso, mas também por sua tecnologia em criação de energia limpa e de defesa do meio ambiente. No entanto, a participação do Brasil na solução dos problemas também passaria pela maior participação acionária."







 


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