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sexta-feira, 6 de março de 2009

Agência Brasil - Economista acredita que Obama enfrentará problemas para driblar crise - Direito Público

 
6 de Março de 2009 - 11h43 - Última modificação em 6 de Março de 2009 - 11h43


Economista acredita que Obama enfrentará problemas para driblar crise

Daniel Lima e Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, fez um alerta sobre a expectativa criada no mundo com a posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. De acordo com ele, existem severas limitações nas decisões americanas para salvar a economia diante da crise, que se agrava cada vez mais.

Segundo ele, Obama não poderá operar milagres numa crise complicada, com desaceleração e falta de crédito. “É a mais sincronizada crise global que se conhece. A economia global está travada e quase parando. Não existe nenhum país no mundo de outra forma”, afirmou ao participar hoje (6) do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, em Brasília.

Mesmo sendo otimista em relação ao Brasil, Octávio de Barros prevê uma queda no crescimento da economia global de 5%. De acordo com ele, apenas a Noruega e as Filipinas tiveram crescimento no quarto trimestre do ano. E no caso da economia brasileira será constatada queda no período, embora o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não tenha divulgado o resultado dos últimos três meses do ano.

“O mundo literalmente parou no quarto trimestre [do ano passado] e está quase parando no primeiro trimestre [em 2009]. Nós temos um economia global travada e mergulhando na mesma direção”, disse.

Ele lembrou também que o desemprego está aumentando de forma global, embora os “bombeiros da economia” tentem de todas as formas resolver o problema, há um verdadeiro descompasso entre a riqueza e a renda. “As famílias americanas já perderam US$ 13 trilhões por conta da crise. O problema é que sem confiança não há crédito e sem crédito não há confiança”, disse.

Octávio de Barros ressaltou ainda, para mostrar a gravidade da crise, que a alavancagem (comprometimento dos recursos com os empréstimos) dos bancos tem se acelerado e é generalizada pelo mundo afora.

“Ingenuamente eu achava que todas as iniciativas estavam sendo tomadas para o salvamento dos bancos, mas temos sido desmentidos com surpresas diária”, afirmou. Para ele, no entanto, as mudanças depois da crise serão positivas pois os riscos passarão a ser mais transparentes.

Entre o cenário apresentado por Octávio de Barros está o que mostra a China com o PIB equiparado ao dos Estados Unidos. “O Brasil também será visto como um país vibrante no futuro da economia. “ Eu me permito ousar que vi chegar a hora que veremos quem terá um futuro vibrante na economia mundial.”



 


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