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domingo, 15 de março de 2009

Agência Brasil - Lula discutirá com Obama o aumento do protecionismo - Direito Internacional

 
13 de Março de 2009 - 21h06 - Última modificação em 13 de Março de 2009 - 22h22


Lula discutirá com Obama o aumento do protecionismo

Eduardo Castro
Enviado especial da EBC

 
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Washington - Primeiro líder latino-americano a encontrar-se com Barack Obama desde a posse do novo presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca em Washington com o que chamou de “temas urgentes para tratar”. Antes de seguir viagem para a capital americana, Lula confirmou que a grande preocupação atual é a volta do protecionismo nas relações comerciais.

“Precisamos deixar claro que o protecionismo pode ajudar momentaneamente, mas no médio prazo o protecionismo será um desastre para a economia mundial. O Brasil é contra a volta do protecionismo”, disse Lula.

O encontro entre Obama e Lula começa neste sábado (14) com uma reunião ampliada de 40 minutos, na sala de conferências ao lado do gabinete do presidente norte-americano, a Roosevelt Room, na Casa Branca. Da primeira parte da reunião também vão participar os ministros que integram a comitiva,  das Relações Exteriores, Celso Amorim,  e da Casa Civil, Dilma Rousseff, além do assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Terminada a primeira parte do encontro, os presidente terão 20 minutos de conversa em separado, no Salão Oval (somente com a presença de intérpretes). Antes da reunião, que começa às 11h (meio-dia pelo horário de Brasília), Lula receberá o presidente da maior central sindical dos Estados Unidos, a AFL-CIO, John Sweenwy. Ao mesmo tempo, Marco Aurélio Garcia recebe a visita do conselheiro de Assuntos de Segurança Nacional, General James L. Jones.

Enquanto os dois presidentes se reúnem na capital norte-americana, os ministros da economia dos 20 países em desenvolvimento e os mais ricos do mundo (G20) discutem os temas a serem abordados no dia 2 de abril, em Londres.

O presidente Lula defende a retomada da Rodada Doha, negociação entre os 153 países que compõem a Organização Mundial do Comércio (OMC), iniciada em 2001 no Quatar, que tenta diminuir as barreiras comerciais entre os países.

Para Lula, o momento é o das decisões políticas. “Os dirigentes estão compreendendo que agora não é mais a hora dos técnicos. Agora é a hora da política. Ou nós assumimos a responsabilidade por essa crise e damos uma saída para ela, ou se a gente ficará esperando como o Japão esperou na década de 90 e demorou dez anos para sair da crise. E nós não podemos esperar dez anos”, disse.

A certeza de que algo grande precisa ser feito pode esbarrar na falta de entendimento sobre quais devem ser as medidas a serem tomadas. Os europeus querem mais regulação no mercado financeiro internacional. Os norte-americanos defendem mais aporte de dinheiro público para tirar o setor privado da crise. Os países emergentes querem as duas coisas, além das regras comerciais que garantam mais espaço para seus produtos e serviços.

“Os países ricos precisam aprender a tomar conta dos seus bancos. É preciso uma regulação forte para que a gente possa ter garantia de que o sistema financeiro mundial estará vinculado diretamente ao setor produtivo”, defendeu o presidente Lula, sugerindo que sejam tomadas medidas para reestabelecer o crédito internacional, além do fortalecimento das instituições que emprestem dinheiro aos países, mas fazendo com que os recursos estejam disponíveis para quem quer produzir.

Mais um ponto que deve estar  na conversa entre os presidentes Lula e Obama é a postura norte-americana com relação aos seus vizinhos continentais. Nesta semana, o chanceler Celso Amorim chegou a falar em “cobrar um novo olhar” dos Estados Unidos para a América Latina.

Segundo Amorim, trata-se de uma postura mais propositiva, que envolva investimentos em produção nos países latino- americanos, e não só ajuda financeira a pontos específicos, como combate ao narcotráfico na Colômbia. O chanceler brasileiro disse que Lula fará um apelo para que os Estados Unidos superem os problemas do passado com a Venezuela.

Atendendo a um pedido do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o presidente brasileiro pedirá ao novo governo norte-americano diálogo e compreensão com os venezuelanos. “É preciso respeitar a democracia naquele país e creio que o presidente Obama estará aberto a isso”, afirmou Celso Amorim.
  
Também está em pauta as questões de meio ambiente e as alternativas desenvolvidas no Brasil para diminuir a dependência energética com relação ao petróleo. “Temos uma boa receita para isso: eliminar a tarifa para o etanol”, disse o chanceler.




 


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