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sábado, 14 de março de 2009

Agência Brasil - Torcedores esperam que também haja rigor contra a violência policial nos estádios - Direito Público

 
13 de Março de 2009 - 19h10 - Última modificação em 13 de Março de 2009 - 20h06


Torcedores esperam que também haja rigor contra a violência policial nos estádios

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - Dirigentes de torcidas organizadas querem mais rigor com a violência policial nos estádios de futebol. Eles viram com bons olhos o conjunto de medidas anunciadas hoje (13) pelo governo federal para aumentar a segurança durante as partidas, mas acreditam que a polícia também teria que ser penalizada em casos de abuso e não só torcedores que se envolvem em brigas.

“De vez em quando a PM [Polícia Militar] também faz coisas que não deve, passa dos limites, agride sem necessidade. Como seremos penalizados, eles [policiais militares que cometerem abusos] também têm que ser”, afirmou o presidente da Força Jovem do Santos Futebol Clube, o empresário Pedro Luiz Ribeiro Hansen, responsável por um grupo de 3 mil filiados.

“Violência gera violência. Às vezes, tem só dois elementos brigando numa arquibancada, a polícia chega agredindo geral e a coisa se espalha”, argumentou o presidente da torcida rubronegra Jovem Fla, do Flamengo, Leonardo Sansão.

O projeto de lei que altera o Estatuto do Torcedor, anunciado pelo governo hoje, e que será enviado ao Congresso Nacional, define formalmente as torcidas organizadas como pessoas jurídicas de direito privado, que podem responder civilmente pelos danos causados por qualquer um de seus associados no local da competição, nas imediações ou no trajeto de ida ao jogo e de volta da partida.

Qualquer pessoa que queira ir a uma partida de futebol deverá se cadastrar até junho de 2010, sob pena de não poder comparecer aos jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro.

O dirigente da torcida santista garante que prega o combate à violência nos estádios e lembra que, há dois anos, a Federação Paulista já exige que integrantes de torcidas organizadas se identifiquem na porta dos estádios. Os torcedores foram cadastrados com identidade (RG), Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e digitais. “Aqui em São Paulo melhorou bastante. Os vândalos acabam se reprimindo, porque estão identificados e é tudo filmado”, ressaltou Hansen.

“Nosso intuito é ir para o campo torcer e voltar para casa. Podemos brigar com torcedores de outro time em um tatame ou em um ringue, mas não em estádio de futebol”, acrescentou Hansen, em alusão às lutas marciais e esportes apoiados pela torcida em seus projetos sociais.

Na Jovem Fla, a expectativa da direção é de que as medidas anunciadas pelo governo federal, sobretudo o cadastramento individual dos torcedores, ajudem a diminuir os problemas enfrentados pela torcida em relação à violência.

“Isso é bom para a gente, porque muita coisa que hoje cai na culpa da torcida organizada é provocada por outras questões, como rixas de bairro ou brigas de baile funk”, alegou Sansão.

A Jovem Fla tem cerca de 23 mil cadastrados. O dirigente admite que há aqueles que procuram as organizadas com outros intuitos que não o de torcer, mas salienta que a ordem é para não permitir a permanência destas pessoas. “Se não se adequar com a nossa doutrina, é expulso”, disse.

Na prática, entretanto, garantir a conduta dos filiados não é uma tarefa fácil. Na Força Jovem santista, o presidente já teve que fechar uma filial em Presidente Prudente (SP) porque membros da torcida teriam praticado um atentado contra palmeirenses.

Pelas novas regras, um torcedor que praticar atos de violência poderá pegar de um a dois anos de reclusão e multa. Caso o réu seja primário, a proposta é converter as penas de prisão em banimento dos estádios por um prazo de três meses a três anos.

O projeto de lei estabelece que caberá ao Ministério Público Estadual remeter às torcidas a lista dos nomes de torcedores impedidos de freqüentar estádios até que a Justiça julgue a pena impeditiva.

A reportagem entrou em contato com o Clube dos 13 para saber a posição da entidade que representa os principais times de futebol do país, a respeito das medidas anunciadas pelo governo. A assessoria de imprensa informou que a direção da instituição não se pronunciará sobre o assunto antes da próxima terça-feira (17), quando a questão será debatida em uma reunião de presidentes dos clubes filiados.




 


Agência Brasil - Torcedores esperam que também haja rigor contra a violência policial nos estádios - Direito Público

 



 

 

 

 

Um comentário:

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