21 de Março de 2009 - 11h54 - Última modificação em 21 de Março de 2009 - 15h36
Conferência aponta previdência, saúde e combate à violência como prioridades para idosos
Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa do Idosa, realizada essa semana em Brasília, terminou com os idosos cobrando melhores condições de atendimento nas áreas de previdência social e saúde. Eles também pediram ação das autoridades no combate à violência contra o idoso.
O subsecretário de Promoção da Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria Especial de Direitos Humanos, ligada à Presidência da República, Perly Cipriano, disse que as medidas em relação à previdência, principalmente as relacionadas aos benefícios são difíceis de serem resolvidas.
“A agilização, a questão do reajuste [dos benefícios da previdência para os aposentados] são questões complexas. A conferência pauta essas questões, mas não se consegue resolver esses problemas de imediato”, afirmou o sub-secretário.
Em relação à saúde, as principais revindicações foram de mais medicamentos e geriatras na rede pública para atender a população idosa que está crescendo cada vez mais.
“A pauta foi, principalmente, o atendimento [nos postos de saúde e nos hospitais] de determinados tipos de medicação e também uma atenção especial à população idosa que está crescendo muito e o número de profissionais na área de geriatria não está acompanhando esse ritmo de crescimento”, disse Cipriano.
Outro assunto debatido na conferência foi o combate a violência contra o idoso. De acordo com o sub-secretário, grande parte dos casos de violência cometidos contra o idoso acontecem dentro de casa.
“Não tem como resolver isso da noite para o dia.Tem que haver uma grande campanha de conscientização”, disse. “Quem deve acompanhar o idoso é a família, a comunidade e o poder público. Têm que fazer a denuncia”, acrescentou.
O presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Jorge Luiz Telles, afirmou que as propostas apresentadas na conferência não dizem respeito apenas a quem faz as políticas públicas, mas também aos idosos que serão os beneficiados com as ações discutidas.
“Que ele [o idoso] entenda que vale a pena lutar por essas propostas e a população veja nelas questões relevantes para a sua vida, para a melhoria do seu bem estar, da sua saúde, para que hajam mais espaços abertos para a educação, para que a assistência social seja mais efetiva, para que esporte, cultura e lazer entrem na agenda dos gestores. Essas deliberações serão e deverão ser motivo de movimentação”, disse.
Durante a conferência foram aprovadas 403 propostas nas áreas de efetivação dos direitos das pessoas idosas, combate à violência, atenção a saúde, previdência social, assistência social, educação, cultura, esporte, lazer, transporte, cidades, meio ambiente, gestão, participação, controle democrático e financiamento.
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