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quinta-feira, 19 de março de 2009

Agência Brasil - Dengue cresce 300% em Boa Vista no primeiro bimestre deste ano - Direito Público

 
17 de Março de 2009 - 16h17 - Última modificação em 17 de Março de 2009 - 16h17


Dengue cresce 300% em Boa Vista no primeiro bimestre deste ano

Morillo Carvalho
Repórter da Rádio Nacional

 
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Brasília - Nos dois primeiros meses deste ano, o número de casos de dengue na capital de Roraima, Boa Vista, cresceu mais de 300% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma pesquisa da prefeitura da capital aponta que 92% dos criadouros do mosquito da dengue, o Aedes aegipty, estão dentro das casas.

Para o superintendente de Vigilância em Saúde de Boa Vista, Ipojucan Carneiro, o descuido da população em relação à dengue é o principal motivo para o aumento dos casos. “Aqui em Boa Vista há muitos quintais. São ambientes em que a população costuma guardar muitos utensílios que, com as chuvas, se tornam favoráveis à reprodução do Aedes aegipty.”

Até o momento, mais de 1,5 mil casos de dengue já foram registrados no município. Destes, 20 são de dengue hemorrágica. É o maior número de casos já notificados para o primeiro bimestre dos últimos seis anos. Ainda não há registro de mortes este ano.

Morador de Boa Vista, o taxista José Vieira da Costa lida com o problema de perto. Ele diz que muitas pessoas que pegam o seu táxi reclamam de problemas com a dengue. Ele próprio já teve a doença, assim como toda a sua família. O taxista responsabiliza o governo local pelo aumento da doença na cidade.

“Na verdade, eu culparia a população e o governo, porque se você andar pelas ruas de Boa Vista, você encontra lixeira e água para tudo quanto é canto. Principalmente na periferia. Tem lagoas, ruas que não são asfaltadas, na minha rua mesmo formam-se duas lagoinhas quando chove. Além das valas e dos esgotos a céu aberto. Tudo isso é culpa do governo, porque a população não tem como tampar vala, né?”, defende.

Além da contribuição da população para o avanço da dengue, o superintendente Ipojucan cita que as chuvas deste início de ano foram atípicas para o período e também podem ter contribuído. “Nós praticamente não tivemos verão este ano. É comum que chova entre outubro e dezembro, mas em janeiro e fevereiro também choveu muito. Aliado ao calor, que o mosquito gosta, a proliferação de insetos foi maior”, diz Ipojucan.

Com uma população de cerca de 290 mil pessoas, Boa Vista tem 240 agentes que atuam no combate à dengue, de acordo com o superintendente. Este número, segundo ele, é suficiente para fazer o controle. O interesse da prefeitura, agora, é se aproximar da sociedade civil organizada para ajudar no controle da doença.

“Elaboramos um outro plano que é o de começar a discutir com os setores organizados dos bairros – associações de moradores, igrejas, clubes de mães, enfim, todas essas organizações que atuam nos bairros – para que essas pessoas possam  efetivamente participar do controle”, diz.


 



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