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terça-feira, 17 de março de 2009

Agência Brasil - Em Nova York, Lula volta a culpar países ricos pela crise financeira internacional - Direito Público

 
16 de Março de 2009 - 16h04 - Última modificação em 16 de Março de 2009 - 16h09


Em Nova York, Lula volta a culpar países ricos pela crise financeira internacional

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - Ao discursar hoje (16) durante seminário em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a culpar os países ricos pela crise financeira internacional, condenou a especulação e disse que os bancos “descolaram-se da realidade”. Ele afirmou ainda que, “em pouco tempo, a ganância de alguns deu lugar ao pânico de muitos”.

“Essa é uma crise que não surgiu em países emergentes ou na periferia do sistema, nasceu no coração do mundo desenvolvido, provocada em grande medida pela falta de controle dos sistema financeiro nos países mais ricos. Os bancos, em vez de cumprirem seu papel de financiador do setor produtivo, descolaram-se da realidade e dedicaram-se à especulação, transformaram-se em um grande cassino”.

Ao falar dos efeitos da crise no Brasil, o presidente afirmou que, em crises menos graves do que a atual o país quebrou, mas que dessa vez não irá quebrar. Ele disse que, no entanto, o país terá crescimento menor do que o esperado.

“Como havíamos dinamizado nossa economia antes, estamos em condições de sair dela [da crise] mais cedo do que se esperava. Em crises menos graves do que a atual o Brasil quebrou e foi obrigado a pedir socorro ao FMI [Fundo Monetário Internacional]. Dessa vez o Brasil não quebrou nem vai quebrar. Enquanto a maioria dos países ricos entra na recessão o Brasil vai continuar crescendo, menos do que gostaríamos, mas estejam certos de que vai continuar crescendo”, asseverou o presidente da República.

Lula acrescentou que, no Brasil, os bancos públicos e privados não foram contaminados pelas “aventuras dos especuladores internacionais” e que o sistema brasileiro de bancos públicos é atualmente responsável por mais de 40% do crédito.

O presidente falou sobre o desemprego no mundo e disse saber, por experiência própria, o que é perder o trabalho. Lula também fez referências aos programas sociais brasileiros, citou o Bolsa Família, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e reafirmou que não irá cortar gastos em investimentos sociais em decorrência da crise. A idéia, segundo Lula, é “construir um Brasil para todos os brasileiros”.

No início do discurso ele brincou com a platéia do evento, que estava preparada para almoçar. “A  fome vai aumentar à medida em que eu for falando. Por favor, não atirem nenhuma faca e muito menos o sapato”, disse, arrancando risos da platéia.   

Lula defendeu os biocombustíveis e a mudança na matriz energética de países como os Estados Unidos e os que integram a União Européia. O seminário do qual Lula participou foi realizado pelo jornal americano The Wall Street Journal e o jornal brasileiro Valor Econômico. O seminário abordou diversos aspectos da economia brasileira.

 

 



 


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