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quinta-feira, 19 de março de 2009

Agência Brasil - Em Roraima, índios aguardam decisão do Supremo em clima de tranquilidade - Direito Constitucional

 
18 de Março de 2009 - 19h00 - Última modificação em 18 de Março de 2009 - 19h21


Em Roraima, índios aguardam decisão do Supremo em clima de tranquilidade

Luana Lourenço
Enviada Especial

 
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Boa Vista - Sob calor forte, o clima é de tranqüilidade da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, onde grupos de índios favoráveis e contrários à manutenção da demarcação da reserva em faixa contínua acompanham o julgamento do assunto pelo Supremo Tribunal Federal.

De um lado, indígenas ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), que defendem a retirada imediata dos não-índios da área. Sem televisão ou rádio para acompanhar a sessão do STF, o grupo é informado sobre o andamento por lideranças que estão em Brasília para o julgamento. No entanto, mesmo antes da decisão final, a comemoração já está sendo preparada pelo CIR.

As músicas e danças típicas apresentadas durante a manhã foram substituídas por uma banda que, em ritmo de forró, já comemora uma possível decisão favorável à demarcação contínua.

“Vai ser no ritmo de muita alegria, muita esperança, e que tudo aconteça sempre na paz”, afirmou o cantor macuxi Lindomar Lauro Brasil, após cantar versos como “vou festejar/vou convidar meus parentes da região/ chega aqui para comemorar a área contínua da Raposa Serra do Sol”.

Já entre os indígenas ligados aos produtores de arroz, que defendem a permanência das fazendas no interior da reserva, uma televisão com transmissão via satélite garante o acompanhamento em tempo real da leitura do voto do ministro Marco Aurélio Mello, que já deu sinais de que votará pela nulidade da demarcação em faixa contínua.

Um grupo de 50 pessoas assiste com atenção à sessão do STF e comemora os comentários do ministro que questionam, por exemplo, a falta de participação de todas as partes interessadas durante o processo demarcatório.

“É o melhor voto que ouvimos até agora. Dá pra ver que o ministro [Marco Aurélio Mello] tem muito mais conhecimento do que acontece aqui”, comentou a tuxaua (cacique) Elielva dos Santos.

A Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e os agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) estão de prontidão em uma pequena base de operações instalada na entrada da terra indígena, mas até agora não há sinais de conflito entre os grupos.



 


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