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domingo, 1 de março de 2009

Agência Brasil - Para Mantega, inadimplência de janeiro não é motivo de preocupação - Direito Público

 
26 de Fevereiro de 2009 - 17h35 - Última modificação em 26 de Fevereiro de 2009 - 20h40


Para Mantega, inadimplência de janeiro não é motivo de preocupação

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (26) que a inadimplência de 8,3% registrada entre pessoas físicas em janeiro - maior nível desde maio de 2002, segundo o Banco Central - constitui uma alta típica do início do ano e não é motivo para preocupação.

“É normal que em janeiro e fevereiro haja uma pequena elevação na inadimplência. Nesta época do ano, o consumidor tem vencimentos, pagamentos e impostos como IPTU, IPVA. Isso não significa nenhuma deterioração importante da economia brasileira”, afirmou o ministro.

Mantega disse ainda que é necessário ter cuidado para que os bancos não usem os dados de inadimplência para aumentarem os juros por risco de calote.

“Em geral, as instituições têm sido pessimistas nas previsões de inadimplência. Depois, ela acaba sendo menor que a prevista, mas os bancos já cobraram spread [diferença entre os juros na captação de recursos e no empréstimo aos consumidores] mais elevado por conta disso”, concluiu.

O ministro também comentou a projeção publicada na edição dessa semana da revista britânica The Economist, segundo a qual o Brasil sofrerá retração de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, contra o crescimento de 1,6% estimado anteriormente.

Para ele, as previsões negativas sobre o desempenho da economia brasileira neste ano refletem mais a realidade internacional, com a recessão nos Estados Unidos e na Europa, do que o comportamento da atividade econômica no próprio país.

“Essas previsões refletem mais o cenário internacional e eles estão projetando um pouco essas estimativas para cá”, declarou.

Segundo o ministro, as estimativas divulgadas no exterior ignoram a realidade de setores da economia brasileira pouco afetados pela retração internacional no crédito.

“Há setores que nem sequer desaqueceram ou tiveram retração muito pequena, como os ligados ao varejo e ao consumo. Portanto, eu não acredito nessas previsões e continuo acreditando que vamos ter crescimento neste ano”, destacou.

Apesar de garantir que o PIB continuará a se expandir em 2009, Mantega não arriscou um percentual para o crescimento. Anteriormente, o ministro assegurava que o PIB aumentaria 4% neste ano.

“Vamos continuar perseguindo o maior crescimento possível, mas vamos deixar o ano passar um pouco para dar uma estimativa. Estamos ainda no primeiro trimestre e o pessoal está saindo do carnaval e das férias”, argumentou.

O ministro negou, no entanto, ter mudado de posição. “O crescimento de 4% não é uma mera previsão de economistas, é uma meta a ser alcançada pelo governo, mas que também depende de outros condicionantes, como a solução para a crise financeira por parte do governo norte-americano”.



 


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