1 de Março de 2009 - 11h30 - Última modificação em 1 de Março de 2009 - 11h29
Usinas de cana podem ser adaptadas para produzir etanol a partir da mandioca
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A obtenção de biocombustível a partir da mandioca pode ser feita também pelas usinas de cana-de-açúcar, devido às similaridades entre os processos de fermentação e de destilação dos dois produtos. A informação é do vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), Antônio Donizetti Fadel.
“O processo de fermentação e destilação da mandioca é igual ao da cana. A diferença está na etapa de moagem e no processo de sacarificação, que transforma o amido em açúcar”, explica Fadel.
Segundo ele, há a possibilidade de se postergar a colheita da raiz pode tornar o produto mais atraente para os usineiros durante as entre-safras da cana.
“A mandioca permite uma maior liberdade para a definição da época de colheita, que pode chegar a até 30 meses após o plantio. A vantagem é que enquanto ela não é colhida continua crescendo. E, com ela, os lucros”, disse.
Fadel explica que com 12 meses a produtividade da mandioca é, em média, de 25 toneladas por hectare. “Mas, com 24 meses é possível chegarmos a 40 toneladas por hectare”, garante.
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