Acusados de extorsão no Paraná chegaram a pedir R$ 30 mil para liberar preso
Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Dez policiais civis, entre eles a titular da delegacia do Alto Maracanã, no município de Colombo, Márcia Rejane Vieira Marcondes, e o superintendente da delegacia, José Antônio Braga, foram presos hoje (17), acusados de extorquir dinheiro de pessoas detidas na unidade, na maioria das vezes, traficantes.
De acordo com o Ministério Público, em alguns casos, o total pedido pela quadrilha para liberar uma pessoa detida chegou a R$ 30 mil.
Na operação, foram presos também dois advogados e um funcionário da prefeitura de Colombo, município que faz parte da região metropolitana de Curitiba. Ao todo, foram cumpridos 45 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão.
Cem policiais participaram da operação, realizada por policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e membros do Ministério Público do Paraná, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil. A ação teve ainda reforço de outros comandos de polícia da capital paranaense.
Durante as investigações, o Ministério Público descobriu que investigadores e pessoas ligadas ao grupo identificavam e conduziam criminosos à delegacia de Alto Maracanã, onde os acusados eram mantidos presos ilegalmente. Advogados, o escrivão e o próprio superintendente passavam, então, a exigir dinheiro da família dos presos.
Segundo o MP, os agentes usavam o aparato estatal e os cargos que ocupavam para viabilizar as prisões e praticar a extorsão.
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