17 de Março de 2009 - 17h04 - Última modificação em 17 de Março de 2009 - 17h13
Ipea aponta redução da arrecadação do ICMS nos estados por causa da crise financeira
Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou hoje (17) estudo que mostra o impacto da crise econômica na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no país. Segundo o estudo, nove estados tiveram a arrecadação reduzida em outubro de 2008. Em novembro, o número subiu para 12 e em dezembro, para 16.
Houve também queda nos investimentos, prejuízo na produção nacional e aumento do desemprego.
De acordo com a pesquisa, a crise afetou as principais regiões industriais do país. Os estados mais atingidos foram São Paulo e Minas Gerais. Os estados da Região Nordeste e o Rio Grande do Sul foram os menos afetados.
A diretora de Estudos Regionais e Urbanos do Ipea, Liana Carleal, explicou que o impacto diferenciado deve-se às características do setor produtivo. A crise começou pelos setores mais densamente industrializados e depois migrou para o de bens de consumo duráveis e não-duráveis.
“Como a estrutura produtiva do Nordeste se diferencia da do resto do país, apesar de ser integrada nacionalmente, os impactos são defasados. Já o Rio Grande do Sul sempre tem um reação mais larga no comportamento da produção industrial”, afirmou Liana.
A economista explicou também que, em janeiro deste ano, a concentração do desemprego se deu na base da pirâmide salarial. “Quase 90% dos desempregados recebiam até três salários mínimos mensais”, destacou.
O estudo mostrou ainda que a crise financeira trouxe alguns impactos ambientais positivos nos ecossistemas brasileiros. Com a redução da produção, os principais setores da pauta de exportações do Brasil, como a indústria dp alumínio, ferro e aço, a de veículos e a do cimento, deixaram de emitir 1,8 milhão de toneladas de carbono.
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